28.8.02


Auto-estima


Fala-se muito, hoje, em auto-estima.

Os socializantes defendem a tese de que os pobres têm direitos sociais que lhes garantem uma "rede de segurança": educação, saúde, emprego, seguro desemprego, renda mínima, etc. Enfatizam que essas coisas devem ser concedidas aos pobres como direitos deles e deveres da sociedade, e não como as esmolas, que de fato são, porque assim preservamos a "auto-estima" dos pobres, que seria destruída se fossem objetos de nossa generosidade (e não de nosso dever).

Ayn Rand, em Atlas Shrugged (Quem é John Galt? é o título em Português) corretamente nos lembra de que nossa auto-estima é decorrente de nossa capacidade de, usando autonomamente a nossa mente, chegarmos aonde queremos.

Um aluno, na escola, que tira nota 10 porque colou, não tem sua auto-estima elevada. Somente aquele que tira uma boa nota em decorrência de sua capacidade.

O pobre inteligente e esforçado sabe que o que ele está recebendo é uma esmola e luta ainda mais para não precisar se tornar objeto dela: é assim que ele aumenta sua auto-estima.

O pobre burro e vagabundo se acostuma com a esmola e acaba por acreditar que ela é de fato algo a que ele faz jus. Assim, acrescenta a arrogância às suas outras características negativas.


Os socializantes e as prostitutas


Ayn Rand, em Atlas Shrugged (Quem é John Galt? é o título em Português) faz uma analogia interessante entre os socializantes e as prostitutas.

As prostitutas entregam o seu corpo a qualquer um, mesmo a desconhecidos ou até mesmo a pessoas pelas quais não têm o menor respeito ou admiração. Fazem isso por dinheiro.

Os socializantes entregam a sua mente (pois o que é o dinheiro, se não o fruto do trabalho de nossa mente?) a qualquer um, mesmo a desconhecidos ou até mesmo a pessoas pelas quais não têm o menor respeito ou admiração. Fazem isso sem pagamento algum.

As prostitutas pelo menos têm um critério: entregam o corpo em troca de dinheiro.

Os socializantes nem esse critério têm: são as prostitutas da mente.

5.8.02


O "Doublespeak" da Esquerda


A esquerda freqüentemente ganha o confronto com os liberais no plano da manipulação lingüística.

Boa parte do aparente apoio que a população dá à esquerda é decorrente do fato de que a esquerda ludibria a população -- e o fez através da manipulação lingüística.

A maioria da população não quer maior controle de suas vidas. Mas a esquerda não lhe vende maior controle de suas vidas: vende-lhe "mais liberdade real" -- sem esclarecer que "a maior liberdade real" de uns representa maior controle das vidas de outros, e que, mais cedo ou mais tarde todo mundo paga por essa "maior liberdade real" (que não é liberdade nem para os recipientes).

A população não quer mais e mais altos impostos. Mas a esquerda não lhe vende mais e mais altos impostos: vende-lhe a promessa de "igualdade de resultados" -- sem esclarecer que "igualdade de resultados", numa sociedade minimamente democrática, só se busca (sem que jamais se alcance) através de mais impostos e de impostos cada vez mais altos.

A população não quer injustiças. Mas a esquerda não lhe vende injustiças: vende-lhe a promessa de "justiça social" -- sem esclarecer que "justiça social" é o que antigamente se chamava de injustiça.

Quem vai ser contra mais "liberdade" (real)?

Quem vai ser contra mais "igualdade" (de resultados)?

Quem vai ser contra mais "justiça" (social)?

É isso que a população pensa, porque é enganada por uma esquerda inescrupulosa que usa como sua principal tática o doublespeak.

George Orwell sabia que se a escravidão for chamada de liberdade, a guerra for chamada de paz, e a injustiça for chamada de justiça, é fácil convencer as pessoas a ser favoráveis à escravidão, à guerra e à injustiça. Nos Estados Unidos os socializantes são chamados de quê? De liberais! A esquerda aprendeu essa lição melhor do que ninguém. Ela ganha de nós, liberais, porque nós, como racionalistas, acreditamos que as palavras têm sentido e que é imoral deturpar esse sentido. A racionalidade e moralidade impõem limites ao que estamos dispostos a fazer.